Ontem vi uma pessoa Chorando por um ente seu. Com angústia lamentava Que há tempos não estava Visitando sua família. E quão grande foi a dor Quando enfim compareceu. Aguardava encontrá-los, Dar um cheiro e abraçá-los, Sentar juntos lá na sala E tomar um cafézinho, Colocar o assunto em dia, Se lembrar dos velhos tempos Que outrora já viveu. Mas chegando na casinha Ela se surpreendeu Com tamanha multidão. O cenário muito triste, Tinha gente soluçando, Todo mundo pranteando A vida que se perdeu. Foi então que aprendi A lição que a morte deu. Há pessoas tão queridas Que a gente conviveu. Em momentos agradáveis, Com lembranças memoráveis Que com o tempo se perdeu. É melhor nesse presente Dar um cheiro e abraçar, Estar junto e partilhar Horas boas e ruins. Pois depois que chega o fim Não vai mais adiantar, O que resta é lamentar. Esperar cicatrizar a ferida que se abriu Não é fácil, doi demais. E a pouca paz que havia A saudade destruiu. Como é triste não ter perto A pessoa que partiu. Cada vez que alguém se vai É tão sábio refletir Na lição que se aprendeu. Se questione, se exorte, Pois depois que chega a morte Fica apenas o legado Que a pessoa escreveu. E por isso meu amigo Não esperarei saudade. Cada oportunidade De mostrar o meu amor Aproveitarei na hora, Pois depois que eu for embora Nada mais eu poderei. Talvez seja ironia, Que na hora da agonia Algo bom se aprendeu. Na jornada desta vida Viverei completamente, Aplicando plenamente A lição que a morte deu. Se eu tiver dificuldades Não desisto facilmente. Pois com toda minha força, Meu amor e minha mente Eu construirei o bem, Escrevendo uma história Pra durar eternamente!
Por Carlos Magno Bandeira Dos Santos
Jaboatão dos Guararapes, 31 de dezembro de 2024
"Apenas os vivos podem receber amor. O tempo não volta atrás. Então viva, realize, ame e seja amado."
Para reflexão: Eclesiastes 7:1-4; 9:10; Romanos 8:38,39.